Reportagem PentaControl Mx 2024 Tarouca - Gonçalo Cardoso Vitorioso Pela Primeira Vez Na Classe Elite
Muito procurado ao longo do ano pelos pilotos para os habituais treinos, ao Complexo Motorizado Agostinho Cardoso “Makito” coube a honra de acolher no dia 8 de Junho a terceira etapa do ano pontuável para o Campeonato Regional PentaControl Mx. Apresentado nas melhores condições pelo Clube Motorizado de Tarouca, este circuito do norte do país “assistiu” a muitas lutas pelos melhores lugares de onde se destacou, no final, o algarvio Gonçalo Cardoso ao triunfar pela primeira vez na classe Elite.
Com vinte pilotos a responderem à chamada e às verificações matinais, entre os quais alguns dos principais animadores das rondas anteriores, tudo se encaminhava para um excelente dia de corridas. No entanto é de manhã que tudo começa a rolar com a sessões de treinos e se a livre teve de ser interrompida com o denso nevoeiro que se abateu sobre a Serra. Sta. Helena, a cronometrada já se desenrolou sem grandes contratempos. Com a maior parte dos pilotos a conhecer o circuito, mesmo tendo em conta pequenos ajustes realizados, era de esperar ataques às melhores voltas desde cedo e, no cômputo final, coube a duas “pequenas” 125 ocuparem os lugares mais altos do pódio, dentro do mesmo segundo, com vantagem para Gonçalo Cardoso (#78) sobre Tomás Santos (#247). Quanto ao líder do Campeonato, Pedro Rino (#28), procurava rolar sem grandes exageros em virtude de estar combalido de uma queda sofrida em treinos na semana anterior, mas mesmo assim ainda chamou a si o terceiro posto na frente de Dinis Sousa (#69) e de Álvaro Gonçalves (#195).
Chegada a hora de todas as emoções e com os pilotos alinhados na grelha para a primeira manga, foi dada a ordem de largada e, sem mais demoras, Álvaro Gonçalves lançou-se para o comando das operações levando a melhor sobre Pedro Rino e Gonçalo Cardoso que surgiam em segundo e terceiro respetivamente. Foi, no entanto, um escalonamento breve pois na passagem pela linha de meta Rino já surgia na liderança tentando afastar-se dos seus principais oponentes, algo que nunca chegou a conseguir pois Cardoso não perdeu muito tempo a ascender ao segundo posto, na segunda volta, assim como na terceira foi a vez de Tomás Santos consumar a subida à terceira marca, ambos relegando Gonçalves para o quarto lugar. A partir desse momento foi possível assistir, por diversas voltas, a uma luta acérrima pelo trio da frente, sempre com Cardoso e Santos ao ataque, até que na quinta volta o piloto algarvio consegue finalmente ultrapassar o seu colega de equipa e começa de imediato a cavar um pequeno fosso que o mantinha a salvo de qualquer ataque para atingir a primeira vitória do ano. A tarefa de Rino manteve-se, no entanto, complicada pois agora era a vez de Santos tentar subir na tabela e, apesar do esforço do piloto da moto a 4 tempos para não se deixar ultrapassar, acabou por quebrar nas últimas duas voltas para o piloto de Tomar o que ditaria assim no final Santos em segundo e Rino em terceiro. Pelos lugares seguintes, depois de ser ultrapassado pelos adversários, Álvaro Gonçalves nunca pôde descansar pois passou a ter de se preocupar com outro duo que seguia muito perto e a um ritmo mais elevado, inicialmente comandando por Luís Rodrigues (#836) em duas voltas e depois por Dinis Sousa que recuperava do meio do pelotão para introduzir-se em quarto a meio da corrida aí ficando até cair a bandeira de xadrez, mas sempre em modo de alerta pois Rodrigues nunca lhe deu descanso e terminou bastante perto em quinto lugar. Incapaz de responder aos ataques dos oponentes Gonçalves contentava-se assim com a sexta posição, rolando de forma isolada perante um quarteto que guerreava e rodava muito próximo entre si e, pese embora algumas trocas nas primeiras voltas, acabou por estabilizar a meio da prova para encerrar a tabela dos dez mais. Assim sendo Elias Rodrigues (#53) foi quem se superiorizou nesta questão ao ser o sétimo classificado levando a melhor sobre um dos pilotos que mais lugares recuperou ao longo da prova, Bernardo Pinto (#139), sobre um dos mais lestos no arranque, Tiago Peixoto (#949) e ainda perante Carlos Gonçalves (#12) que nesta época de estreia não se atemoriza e envolve-se nas lutas pelos melhores lugares.
Recuperadas algumas das forças chegava o momento de baixar a grelha de partida pela segunda vez no dia e desta vez o holeshot foi entregue a Rúben Neves, “recém” chegado do hospital depois de ter sofrido uma queda durante a manhã que o deixou algo combalido, sendo de imediato perseguido por Álvaro Gonçalves e Pedro Rino que não demoravam muito a lançar-se ao ataque. De facto, a liderança do piloto da Yamaha foi curta pois na passagem pela linha de meta já era Rino quem se instalava no controlo das operações começando de imediato a ganhar uma pequena margem sobre Gonçalves que também havia subido na tabela e passava a ter de se defender das investidas de Gonçalo Cardoso e de Tomás Santos que não queriam deixar o líder avançar sozinho. No entanto Rino estava “on fire” e depressa conseguiu ganhar perto de dez segundos que foi gerindo até final, relegando qualquer disputa para os lugares seguintes com Cardoso e Santos, a partir da terceira volta, a lutarem “mano a mano”, rodando muitas vezes praticamente lado a lado, até ao momento em que o piloto de Tomar sofreu uma pequena queda que o fez perder algum tempo e deu descanso a Cardoso para controlar as operações e obter um segundo lugar mais tranquilo do que aparentava vir a ser. Quanto a Santos ainda conseguiu recuperar grande parte do tempo perdido novamente, mas já se mostrou ser tarde tendo assim de se contentar com o lugar intermédio do pódio. À semelhança da manga inaugural Dinis Sousa começou no meio do pelotão e aos poucos foi subindo até que atingiu o quarto posto na sexta volta por troca com Álvaro Gonçalves e, à medida que o tempo foi-se esgotando, ganhou uma pequena margem que lhe dava descanso até final algo que o seu oponente já não podia dizer. Realmente a tarefa de Gonçalves voltou a apertar já que Luís Rodrigues também não queria ficar para trás e começou a exercer pressão ao piloto de Famalicão, no entanto e apesar das tentativas, a tabela nunca mais sofreu alterações o que dava assim o quinto posto para Gonçalves e o sexto para Rodrigues. Relativamente aos lugares seguintes voltamos a ter um grupo alargado de pilotos a tentarem subir na classificação, mas a experiência de Elias Rodrigues voltou a ser posta em prática ao ser sétimo praticamente todo o tempo depois de aguentar atrás de si Carlos Gonçalves que insistia nos ataques de forma constante. Novamente em modo de recuperação desde a cauda do pelotão Bernardo Pinto acabaria por não ser melhor do que nono deixando atrás de si, a encerrar a tabela dos dez mais, o autor do holeshot Rúben Neves, ele que procurava não arriscar em demasia após o susto da manhã e assim não conseguia acompanhar o ritmo dos mais rápidos.
Finalizada mais uma intensa tarde de corridas com as lutas pela vitória a serem uma constante toda a gente se reunia junto ao pódio para premiar os mais fortes e desta vez coube a Gonçalo Cardoso a honra de ocupar o lugar mais alto diante do seu colega de equipa Pedro Rino e de Tomás Santos que não ia além do terceiro posto na frente de Dinis Sousa e Álvaro Gonçalves. Em termos de Campeonato as contas são ainda apertadas pois enquanto Pedro Rino tem uma pequena vantagem de nove pontos sobre Tomás Santos na luta pela terceira marca são vários os pilotos a estarem próximos com ascendente para Dinis Sousa diante de Luís Rodrigues e Álvaro Gonçalves.
O Crossódromo da Sra. Do Monte, situado em S. João da Pesqueira, é a paragem que se segue já no final do mês de Junho, um domingo que se espera de muitas lutas num circuito mais curto que os percorridos este ano e onde as diferenças não são tão marcantes. Assim sendo convidamos todos os amantes da modalidade a estarem presentes e a puxarem pelos vossos pilotos favoritos abrilhantando ainda mais uma modalidade de si só já espetacular. A PentaControl e o Clube Douro Xtreme esperam pela vossa visita.
Texto E Fotos: Bikerz Press