O período de espera para colocar os motores dos quads em funcionamento terminou este fim de semana com a realização da primeira prova do Troféu Regional Quadrace 2024 na visita à localidade de Vila Cova à Coelheira, uma estreia absoluta na competição e do Complexo Motorizado Dinis De Carvalho que apresentou um circuito completamente remodelado face ao que aí se encontrava implantado. Em termos de corrida Vítor Magalhães teve mais razões para sorrir na sua classe, a Promoção, ao levar de vencida após duelos emocionantes.

Com o evento a ser realizado durante o dia de sábado as condições meteorológicas não foram as ideais com o sol sempre presente, mas um vento forte muito incomodativo que dificultava bastante a tarefa da organização para colocar o traçado nas melhores condições, principalmente em termos de rega. Como usual a primeira tarefa do dia foram as inscrições e verificações aos pilotos e respetivas motos, dando-se de seguida o arranque para os treinos que escalonavam a entrada para as corridas. Com seis pilotos presentes, maioritariamente estreantes, na classe Promoção o mais rápido da sessão cronometrada acabaria por ser Vítor Magalhães (#72), o único repetente de 2023, embora muito pressionado por Francisco Mota (#98) que depois de dar nas vistas como Hobby no ano transato “subia” de classe. O equilíbrio entre ambos foi tal que somente meio segundo os separou, muito pouco tendo em conta o tamanho do traçado e o tempo que levavam a fazer cada volta. Um pouco mais afastados, mas também entretidos entre si, Daniel Menoita (#25) conseguiu ser o terceiro colocado adiante de Bruno Coelho (#17), Carlos Pinto (#97) e Joel Marinho (#77) que completavam a tabela.

Restabelecidas as energias no período do almoço chegava o momento de dar início às aguardadas corridas e, assim que caiu a grelha de partida, Francisco Mota lançou-se para o comando das operações levando atrás de si Vítor Magalhães na busca da liderança. Esta foi uma situação de corrida que se arrastou durante toda a manga com ambos os pilotos completamente colados inicialmente por essa ordem até que, pouco depois de meio da corrida, Magalhães conseguiu saltar para o primeiro posto onde permaneceu até que a bandeira axadrezada foi mostrada. Apesar de ultrapassado Mota nunca baixou os braços e manteve sempre o adversário sob pressão acabando por ter mesmo de se contentar com o lugar intermédio do pódio. No que diz respeito aos postos seguintes Daniel Menoita foi o primeiro ocupante do terceiro posto, mas um erro ainda na segunda volta ao sair de pista num local de difícil retoma fê-lo perder muito tempo entregando de bandeja a luta por esse lugar a Carlos Pinto, Joel Marinho e Bruno Coelho. Apanhando-se em terceiro Pinto foi conseguindo um pequeno ascendente sobre os perseguidores terminando em terceiro com mais de vinte segundos sobre Marinho que, por sua vez, também conseguiu distanciar-se um pouco de Coelho para serem quarto e quinto respetivamente. Quanto a Menoita teria de se contentar com a sexta posição em virtude de já não conseguir recuperar a volta perdida com o desaire madrugador.

Se a luta e incerteza pela liderança mantiveram todos os presentes atentos na primeira manga, então o que dizer da segunda. Assim que a grelha de partida caiu o duo composto por Francisco Mota e Vítor Magalhães voltou a instalar-se nos primeiros lugares para começarem desde logo a cavar um fosso considerável para o restante pelotão. Com os ataques a sucederam-se por parte de Magalhães a corrida acabou por levar um grande volte face quando estávamos na quarta volta e vimos ambos os pilotos ficarem com as motas entrançadas entre si em mais um momento em que rodavam lado a lado, perdendo aí tempo precioso para todos os outros já que ambos desceram para o quarto e quinto lugares. Quem mais agradeceu com esta situação foi Daniel Menoita que rodava à vontade em terceiro e, desta forma, subiu ao comando das operações com um confortável avanço que lhe permitiu controlar até ao final e sagrar-se o vencedor do segundo “round” do dia. Relativamente aos postos seguintes Carlos Pinto e Joel Marinho ainda chegaram a ser segundo e terceiro respetivamente, mas Magalhães, o mais lesto dos dois azarados a retomar a corrida, vinha em modo de recuperação que o levaram a ultrapassar os oponentes alojando-se em segundo, onde terminaria, a apenas duas voltas do final. Apesar de tudo Pinto ainda conservaria o terceiro lugar até à bandeira de xadrez, deixando atrás de si Mota que nunca mais se conseguiu restabelecer completamente do choque não indo assim além de quarto. Apesar de não ter dos melhores inícios de corrida, de conseguir recuperar e ainda assim chegar a rodar em terceiro Marinho acabaria por não conseguir melhor que o quinto posto, relegando uma vez mais, de uma forma tranquila, Bruno Coelho para a sexta marca final.

Terminado o primeiro dia de corridas do ano chegava o momento de fazer as contas gerais e, apesar do desaire na segunda manga, Vítor Magalhães teve razões para sorrir ao ocupar o lugar mais alto do pódio, deixando atrás de si um trio empatado em pontos. Graças à vitória na segunda manga Daniel Menoita ficou em segundo lugar no final do dia, levando a melhor sobre Francisco Mota e Carlos Pinto, todos com quarenta pontos. A completar a tabela classificativa teríamos, por esta ordem, Joel Marinho e Bruno Coelho.

Após estas dificuldades iniciais encontradas por todos os intervenientes o tempo de descanso para a próxima ronda será muito curto já que o Clube Motorizado de Tarouca está preparado para receber, no próximo sábado, a segunda ronda de um ano que promete trazer muitas lutas até ao final. Com o Complexo Motorizado Agostinho Cardoso “Makito” a receber vários melhoramentos todos os ingredientes estão reunidos para desfrutarem de um excelente sábado. Até lá, esperamos por todos.

Texto e Fotos: Bikerz Press